A descoberta de si

o primeiro encontro

Agora, vamos falar sobre a nossa capacidade de reconhecer quem somos e como isso nos insere no mundo ao nosso redor.

Você já parou para pensar sobre a primeira vez em que olhou no espelho e soube que aquela imagem refletida era você? Essa é uma das primeiras experiências da nossa consciência sobre nós mesmos.

Esse é um momento-chave! Ao reconhecer sua autoimagem, a criança inicia um processo contínuo de construção da identidade e partir daí, começa sua participação no mundo! Influenciando desde como ela se vê até como se posiciona e interage com os outros.

Nos distanciamos da infância com o tempo por uma série de razões culturais, emocionais e até neurológicas — muitas delas inconscientes, mas profundamente enraizadas na forma como somos educados e incentivados a viver em sociedade.

Aprendendo a “ser fortes”: desde pequenos, somos ensinados a não chorar, a engolir o choro, a não demonstrar fraqueza. Lentamente, vamos reprimindo nossas emoções mais puras — justamente as que nos conectam com a criança que fomos. A sensibilidade, o encantamento, a vulnerabilidade são vistas como fraquezas e, então, escondidas.

Máscaras para pertencer: a criança é espontânea, autêntica, vive o agora. Mas para sermos aceitos — em casa, na escola, no trabalho — vamos nos adaptando. Começamos a agir para agradar, para caber nos padrões, para não decepcionar. E nessa adaptação, deixamos partes nossas pelo caminho.

O cérebro adulto prioriza o controle: com o amadurecimento do cérebro, especialmente do córtex pré-frontal, desenvolvemos mais capacidade de planejamento, julgamento e autocontrole. Isso é bom, mas também nos distancia da leveza, da curiosidade e da imaginação típicas da infância.

A sociedade valoriza mais o “fazer” do que o “sentir”: vivemos em um mundo que nos cobra produtividade, metas, resultados. A infância, por outro lado, é o tempo do brincar, do explorar, do se permitir errar. Conforme crescemos, essas experiências são rotuladas como “infantis” ou “imaturas”, e nos desconectamos delas para sermos “levados a sério”.

Dói lembrar: muitas vezes, nos afastamos da infância porque ela guarda dores que preferimos esquecer: rejeições, abandonos, violências sutis ou explícitas, momentos em que não fomos acolhidos. Criamos defesas e barreiras emocionais para não sentir novamente aquela dor.


Princípios

Acreditamos que não existe saúde sem transformação, assim como não existe transformação sem autoconhecimento. Portanto, autoconhecimento é ponto fundamental para o sucesso do processo terapêutico, é o primeiro passo de um longo caminho de transformação que tem início no despertar, na tomada de consciência, o que podemos definir como o ponto de mudança do mindset fixo para o mindset de crescimento (Dweck, 2017).

A manutenção da saúde Mental é um processo constante e interminável, o esforço para permanecer em mudança por toda a vida deve ser entendido com uma necessidade, o problema está em definir o que é saúde Mental Procuraremos nos aproximar do conceito de saúde integral, olhando o corpo, a mente e a espiritualidade. Assim transitamos entre práticas de respiração e meditação, exercícios de observação de comportamentos, formulação de propostas de renovação comportamental e a aplicação das ferramentas psicanalíticas serão muito importantes para a ressignificação e interiorização dos novos comportamentos e sentimentos.

A prática psicanalítica será a espinha dorsal do método terapêutico proposto, que após algumas sessões indicará ferramentas e outras abordagens complementares para aplicação em paralelo. A combinação das sessões de análise e ferramentas complementares deverão gerar resultados a cada sessão, sendo medidos e acompanhados de perto pelo analista.

Importante ressaltar que o indivíduo assistido pelo método será responsável por apontar quais os sentimentos e comportamentos deverão ser trabalhados, planejando os movimentos do processo de autoconhecimento a partir de suas próprias percepções de si e do Mundo. Inicialmente pode parecer excesso de liberdade, mas seguiremos o conceito fenomenológico da Epoché onde o autoconhecimento é construído por uma abordagem que prioriza a escuta, a abertura e a neutralidade do analista, para promover a auto análise e mudança de tese. (Husserl, 1962)

O “resultado” claro de toda epoché fenomenológica, que se quer radical e universal, é a descoberta do Ego puro, da consciência. Nas Meditações cartesianas, Husserl (1973b, p.75) tentou mostrar que ao operarmos a epoché não perdemos o 2 mundo para a fenomenologia, simplesmente iremos ganhá-lo como cogitatum, quer dizer, como correlato de minha intencionalidade.

Utilizando a Psicanálise e as ferramentas complementares, buscaremos a saúde mental a partir da compreensão do inconsciente e a identificação das suas expressões na vida do indivíduo.

Sobre nós

VISÃO
O Studio de Psicanálise ichi ni é um espaço destinado ao autoconhecimento e ressignificação das vivências passadas, para a construção de experiências presentes, construtivas e plenas, projetando um futuro consciente e saudável.

MISSÃO
Nossa missão é proporcionar um espaço seguro e acolhedor onde indivíduos possam explorar e compreender suas emoções, pensamentos e comportamentos. Através da
psicanálise, visamos promover o autoconhecimento e o bem-estar emocional, auxiliando nossos pacientes a superar desafios internos e a alcançar uma vida mais equilibrada e feliz. Valorizamos a ética, a confidencialidade e o respeito em todas as nossas interações, comprometendo-nos com o desenvolvimento contínuo de práticas terapêuticas que atendam às necessidades únicas de cada pessoa.

VALORES
Empatia: Valorizamos a compreensão e o respeito pelas experiências e sentimentos únicos
de cada indivíduo.

Ética: Mantemos um compromisso inabalável com a confidencialidade, a integridade e os
princípios éticos em todas as nossas práticas.

Acolhimento: Criamos um ambiente seguro e acolhedor, onde nossos clientes sintam-se
confortáveis para expressar e explorar suas emoções.

Desenvolvimento Contínuo: Investimos continuamente em nossa formação e atualização
profissional para oferecer o melhor suporte terapêutico possível.

Individualidade: Reconhecemos e respeitamos a singularidade de cada pessoa, adaptando
nossas abordagens para atender às necessidades específicas de cada cliente.

Compromisso: Estamos dedicados ao bem-estar emocional e psicológico de nossos clientes, acompanhando-os em suas jornadas de autoconhecimento e crescimento pessoal.